APANHADO
A irmã, sem cerimónias, enfiara-lhe a mão no bolso do casaco e, agora,
exibia os malditos números 66 e 99.
– Juro que não sei como isso veio aqui parar.
Desculpas, já as arranjara melhor. Estava perdendo qualidades. Sentia a
face queimar como no inferno, e suava em bica debaixo da camisola, ao mesmo
tempo que contemplava a prova do seu delito. Pior do que fazer batota, é ser-se
apanhado.
Mais uns minutos, e teria conseguido fazer bingo.
Sem comentários:
Enviar um comentário